Segundo Gary Hamel, os rankings de inovação precisam rever seus critérios com urgência, pois a criatividade não pode ser comparada diretamente.
“Quem é realmente inovador?”, pergunta Gary Hamel, especialista e consultor internacional em gestão, e professor de estratégia internacional na London Business School. Segundo ele, “A definição de inovação é tão confusa que nem as revistas de negócios conseguem entrar em acordo sobre o tema”.
Para Hamel, tentar comparar as empresas mais inovadoras é o mesmo que confrontar os atletas mais capazes de modalidades esportivas diferentes. “Como igualar a força do jogador de hóquei Sidney Crosby com a rapidez do velocista olímpico Usain Bolt ou com o equilíbrio de Yang Wei, o melhor ginasta do planeta? Impossível”, argumenta.
As cinco categorias
Assim como os atletas, os inovadores se dividiriam em cinco categorias, que são explicadas a seguir:
1. Principiantes
Existem modelos de negócio extravagantes. Dois exemplos são o Gilt Groupe, varejo de luxo online, e o Spotify, serviço de música pela internet. Essas empresas ainda trabalham com suas estratégias iniciais, crescem rápido e não foram obrigados a se reinventar.
“Uma análise histórica indica que muitos deles fracassariam”, aponta Hamel. “Sendo novatos, é quase uma casualidade que consigam isso com um modelo de negócios inovador.”
Apesar da falta de experiência, são tidos como profetas. Ao mesmo tempo, a excessiva dependência de sua visão impede que as empresas desenvolvam capacidade de inovação contínua.
2. Premiados com o Nobel
Alguns deles, como Intel, Samsung, Microsoft e Cisco, são consistentemente inovadores, embora de maneira unidimensional. Seus negócios centram-se na tecnologia e, cada ano, investem milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento.
Participam de todos os rankings de inovação e de registro de novas patentes. São muito importantes empurrando os limites da ciência, mas não tanto inovando em outras áreas. A Microsoft, por exemplo, foi incapaz de se posicionar na vanguarda do software livre e da computação em nuvem.
3. Artistas
O negócio dessas empresas é criatividade. Seu produto é a inovação. As agências Ideo, especializada em internet, e Grey New York, de comunicação, são exemplos desse tipo de empresa inovadora. Essas empresas possuem uma vantagem intrínseca: tudo o que fazem e todos os seus processos, desde a contratação de talentos até o gerenciamento diário do negócio, passando pela forma como organizam os escritórios, são pensados para estimular a criatividade.
4. Ciborgues
Um ciborgue é aquele cujas partes do corpo foram substituídas por mecanismos eletrônicos, e cujas habilidades físicas ultrapassam o que é considerado humano. As organizações ciborgues foram concebidas para conseguir façanhas sobre-humanas em inovação, segundo Hamel.
Exemplos? Amazon, Apple e Google. Seus negócios são baseados na liberdade, na transparência, na experimentação e no mérito. Como os principiantes, muitos ciborgues são liderados por fundadores carismáticos, mas que não ficaram presos em suas ideias iniciais.
5. Renascidos
P&G, IBM e Ford são companhias que ressuscitaram para abraçar a inovação. Depois de muitos anos de enfraquecimento, mudaram hábitos que estavam enraizados, alteraram sua estrutura e recuperaram a paixão por seus produtos. Souberam reinventar-se.
Neste artigo tratamos de 5 categorias de empresas relacionadas à inovação. Falamos também sobre os 4 tipos de inovação que toda empresa pode realizar em outro artigo que você pode acessar aqui.
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Fonte: Esse texto foi extraído e adaptado de HSM Management, de setembro de 2011.
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